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Esperança com Deus.



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“Da Humildade do Coração”, Salmo 131 (15a. Mens. - Série Salmos)

“Da Humildade do Coração”
Salmo 131

Introdução:
É notório, a cada dia que passa, a cada dilema que se vive, nunca a idéia de ser grande esteve tão em voga. Ser pequeno, humilde, calado, anônimo, fraco, simples, modesto, submisso não traz a aceitação das pessoas e isso tem “maquinizado” os homens. Nunca se fez tantas horas extras, tantos turnos virados. Somos chamados a ser “super-homens”, porém que estamos desgraçadamente esquecendo o perdão, os relacionamentos, a família, a humildade e sobretudo a Deus.

FILME

Os pastores estão negociando a sanidade vocacional em prol do marketing, são “marqueteiros” eclesiásticos. Não pregam mais a Palavra. Não têm tempo para isso, pois, estão presos aos emaranhados administrativos e propagandas da igreja. Não estão preocupados com a capacitação dos santos, o pastoreio fiel das ovelhas, que é o seu chamado, mas sim quantos precisam entrar na igreja para atingir a meta do ano. As pessoas são apenas números na estatística.

Transição: Não estou pregando adesão à madre Teresa de Calcutá ou ao voto de pobreza de São Francisco de Assis, muito menos um ideal monástico de espiritualidade. Mas, qual o lugar da humildade em meio a esse extremo apelo por poder e grandeza vívidos em nossos dias?


Três Movimentos de Davi expõem a realidade humilde de seu coração.


MANIFESTAÇÂO – Davi revela o seu interior

Cântico de Romagem (15 Salmos) – “sîr rammaalôt”. Provavelmente esse cântico era cantado em peregrinação, enquanto caminhavam para Jerusalém, para o lugar de adoração.

Se essa for a ocasião, provavelmente, iam ao templo para adorar. Esse salmo era como o prólogo, prefácio do coração, que chegaria para a verdadeira devoção, desprovido do orgulho, da soberba, da altivez do olhar, porque para adorar a Deus é necessário um coração desprovido de orgulho, limpo de soberba, altivez. Consciente de sua condição de pecador e humilhado ante ao Criador.

A adoração comunitária é realizada por disposições, inclinações dos indivíduos em humildade!

Paralelismo:

Não é soberbo o meu coração
Nem altivo o meu olhar

Não ando à procura de grandes coisas
Nem de coisas maravilhosas demais para mim


Se ligadas (altivez e soberba) ao coração têm a ver com uma disposição interna ilustrada ou externada pelo tipo de olhar. Soberbo, altivo. Seria mais ou menos a idéia de “nariz empinado”, mas no coração. Então é uma disposição de se apegar as grandezas e declarar a sua autonomia de Deus no coração.

“O homem humilde não se sente humilhado mais do que o próprio Deus o humilhou em seu coração. O homem humilde não se sente humilhado por ninguém porque Deus já o humilhou profundamente em seu coração”. Thomas A. Kemphi

A questão da ofensa: O homem que se ira e não perdoa ao outro por ter sido ofendido, age assim devido ao fato de ter sido afetado na sua soberba, sua altivez que apaga a obra da cruz e se afirma em seu orgulho.

Na humildade do coração se vive a vida de Cristo. Vive as pegadas da cruz... “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. O homem humilde se liberta do olhar de aceitação das pessoas e se apega a graça sustentadora de Cristo!

Porém o que fizeram com Jesus? Falam sobre um sucesso que não existiu, uma mensagem que não era a Dele. Sobre o topo que era a cruz. Jesus visava a cruz e não sucesso, pelo menos não na perspectiva do mercado moderno. Jesus visava a humilhação, o arrependimento dos homens. Imitar Jesus sem passar pela cruz ensina ao homem que é possível ser salvo pelo orgulho, pelas possibilidades humanas.

ILUSTRAÇÃO – Davi exemplifica a humildade (Colocar uma foto de uma mãe amamentando o filho)

Pelo contrário... Davi nesse momento estabelece aquilo que efetivamente lida com o orgulho e a altivez. A ilustração da criança desmamada. A fragilidade do salmista expõe um profundo apego de sua alma a Deus.

A fragilidade do salmista revela a sua dependência de Deus, manifestando que seu olhar não está sobre si mesmo, sobre o que se tem, mas sobre quem Deus é e que nada pode sem Ele. A criança desmamada já desprendida de algumas necessidades se aquieta nos braços da mãe e assim declara sua fragilidade e dependência. Assim é Davi com seu interior quieto nos braços de Deus.

EXPECTAÇÂO – Davi anseia a glória de Deus

A espera imediata e final. O verso três é um convite à humildade vivida através da espera. A espera ataca diretamente o imediatismo, que nutre o orgulho e a grandeza, pois, traz maior consciência de nossa finitude. Enquanto Israel (Davi) espera, Deus cumpre Seus projetos em sua vida.

Jonatas H. Julião