Sites Grátis no Comunidades.net Criar um Site Grátis Fantástico

Esperança com Deus.



Total de visitas: 122332
“Não serei abalado”, Salmo 16 (13a. Mens. - Série Salmos)


“Não serei abalado”
Salmo 16

Mensagem: A confiança no Senhor dá ao justo o otimismo diante das dificuldades e serenidade diante da morte.

Esboço:
Introdução
A. Salmo de Davi.
Pedro cita em Salmo em At. 2.22-36, e Paulo faz citação do mesmo Salmo em At. 13.32-39. Pedro, assim como Paulo, cita o Salmo no contexto da pregação falando a respeito da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
Este Salmo fala da experiência pessoal de Davi (embora seu corpo tenha visto a corrupção), mas o versículo 10 deve ser entendido à luz da ressurreição de Jesus Cristo.

B. Situações da vida.
Por vezes nós enfrentamos um sentimento de pessimismo diante das dificuldades da vida, e medo e insegurança diante da possibilidade e realidade da morte.
Neste Salmo vemos que a confiança no Senhor dá ao justo o otimismo diante das dificuldades e serenidade diante da morte.

I. Uma atitude de otimismo diante das dificuldades, vv. 1-8.
A. O relacionamento do salmista com o Senhor, que é o seu refúgio, dá-lhe condições de invocar a proteção divina, v.1.
“Guarda-me, ó Deus...”, v. 1 – Clamor para que Deus vigie a sua vida, os seus interesses...
Nas Escrituras várias vezes encontramos o clamor do justo e ou a promessa de Deus no sentido de “guardar”...
Deus disse a Jacó: “Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores...” (Gn. 28.15).
A benção araônica, provavelmente um dos mais antigos poemas das Escrituras, invoca o mover de Deus em direção ao Seu povo – “O Senhor te abençoe e te guarde...” (Nm. 6.24).
No Salmo 121 temos a promessa de que Deus protege aos que estão debaixo dos seus cuidados.
No Salmo 23 o salmista afirma que não temerá mal algum, ainda que ainda no vale da sombra e da morte.
Em Hb. 13.5 Deus promete não deixar, nunca jamais abandonar.

O salmista invoca a proteção de Deus, porque nele se refugia...
“... porque em ti me refúgio”, v. 1.
Jó lembrar-se da alegria do seu passado, ele revela que o segredo achava-se na proteção e na amizade com Deus (Jó 29.2).

B. O relacionamento do salmista com o Senhor, que é a sua escolha, dá-lhe absoluta satisfação, vv. 2-6.
1) Submissão completa e lealdade exclusiva, v.2.
“Tu és o meu Senhor...”, v. 2.
Nesta declaração ele revela uma atitude de submissão a Deus, e revela sua intimidade com Deus (“meu Senhor”).
Is. 44.5 “... O outro ainda escreverá na própria mão: Eu sou do Senhor...” – “do Senhor” é representada, não como uma declaração falada, mas escrita, e inscrita na própria mão – um sinal físico que servia para indicar a firmeza daquela declaração.

“Outro bem não possuo...”, v. 2.
Expressão que revela sua lealdade a Deus. Não tenho outra fonte de felicidade além de Ti.
Paulo afirmou em Fp. 1.21 “Para mim o viver é Cristo”.
Qual o centro da tua vida? Qual a tua fonte de felicidade?

Só há uma realidade central capaz de se provar verdadeira ao longo da vida e que o guia com segurança até o fim: Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.


2) Associação com e valorização dos que levam Deus a sério, v. 3.
“Quanto aos santos...” – no Velho Testamento, “santos” é um termo empregado mais aos seres celestiais, por isso a expressão “santos que há na terra”, referindo-se as pessoas consagradas, dedicadas a Deus, que O servem.

Sl. 119.63 “Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos”.

O verdadeiro discípulo de Cristo agrada-se dos que levam Deus a sério, e os escolhe como amigos.

“São eles os notáveis...” – íntegros, têm excelência moral... O justo é atraído às pessoas, não pelos nomes, títulos, status social e econômico etc., mas atraído pelo caráter aprovado diante de Deus e dos seres humanos.

Pv. 12.26 “O justo é um guia do seu próximo...”.
O justo faz “investigação” do seu amigo íntimo – quer dizer que o justo não se precipita para formar uma amizade...


Ml. 3.17 – revela que o discípulo de Cristo é um particular tesouro de Deus – o privilégio de pertencer a Deus. Este é o maior status que o ser humano pode ter...

3) Desligamento dos que não têm lugar para Deus em suas vidas, v. 4.
“Muitas serão as penas dos que trocam o Senhor por outros deuses...”, Ap. 14.9-12; Jo. 3.36.
“Outros deuses...” – falsos deuses...
Deus na sua justiça e ira castigará, condenará todos os que não O adoram, mas adoram a “criatura no lugar do Criador”, Rm. 1.18-27.

O justo despreza os cultos falsos, e tudo aquilo que os incrédulos adoram.

“Em tudo o que vos tenho dito, andai apercebidos; do nome de outros deuses nem vos lembreis, nem se ouça de vossa boca” (Êx. 23.13).


O justo deve ter amigos não cristãos, que não são discípulos de Cristo? Sim... Mas não ter compromisso com os seus deuses, suas práticas e mais que não agrada a Deus.

4) Valorizar a comunhão com Deus acima dos bens materiais, vv. 5,6.
“O Senhor é a porção da minha herança...”.
Deus disse para Arão: “...Na sua terra herança nenhuma terás... Eu sou a tua porção...” (Nm. 18.20). A sua herança seria o próprio Deus... Ele que provê todas as necessidades.

“... Do meu cálice...”
Sugere que a primeira palavra se refere a uma porção de alimento...
“Jeová é tudo o que eu preciso para satisfazer a fome e a sede”, Mt. 6.25-34.

“... Tu és o arrimo da minha sorte”.
Referência ao suporte dado por Deus.

O salmista se deleita em Deus, vv. 6, 11.

C. O relacionamento com o Senhor, que é o seu conselheiro, dá ao salmista a certeza da direção e proteção divina, vv.7,8.
“Bendigo o Senhor, que me aconselha...”
Há aqui um espírito, uma mente ensinável, susceptível ao ensino.
Sl. 32.8 – “sob a minhas vistas” – o assunto em pauta aqui é o cuidado vigilante e íntimo que Deus exerce sobre nós.

v. 8...
Sl. 34.8; Sl. 17.5
Tendo Deus como companheiro aquele que Nele confia não se desviará do caminho, mas estará seguro.


II. Uma atitude de confiança diante da morte, vv. 9-11.
A. A serena confiança diante da morte é resultado da segurança oferecida por Deus, v. 9.
“Repousará seguro...” – no hebraico a palavra tem a raiz de “tabernáculo”.
Dt. 33.12 “De Benjamim disse: O amado do Senhor habitará seguro junto a ele; E o Senhor o cercará o dia todo, e ele habitará entre os seus ombros”.
A promessa para Benjamim era de ele estar morando em companhia de Deus, descansando no lugar de afeto e proteção.

Deus promete descanso não só no presente, mas acima de tudo para a eternidade, Hb. 4.9,10; Ap. 7.14-17; 14.13.

B. A serena confiança diante da morte vem da certeza de que ela não representa destruição pessoal e nem rompimento de sua intimidade com Deus, vv. 10,11.

1) Morte – não é destruição pessoal, v. 10.
Sl. 49.15 – “Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si”.
Contraste entre a corrupção (“ser estragado”) e a salvação.

Convicção da vitória sobre a morte, e que nada pode separar o justo do seu Senhor, 1 Co. 15.53-57; Rm. 8.35-39.

Como vimos na Introdução esta passagem deve ser compreendida à luz da morte e ressurreição de Jesus Cristo – At. 2.25-28; 13.35.

Cristo venceu a morte – Sua vitória é garantia da vitória sobre a morte de todos os que Nele crêem.

2) Morte – dá lugar a uma renovação e intensificação da intimidade com o Senhor, v. 11.
“Tu me farás ver...” – saber...
“Presença...” – comunhão / intimidade...
“Na tua destra...” – lugar de honra...
Mt. 25.33, 46.

Há em Cristo a garantia da felicidade eterna na presença do Senhor.

Conclusão

A confiança no Senhor dá ao justo o otimismo diante das dificuldades e serenidade diante da morte.

Lembre-se:
A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina, é a de perseverante e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:
• O que Deus quer transformar no meu modo de pensar e agir?
• Como eu posso colocar isto em prática na minha vida?
• Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)?

Conheça... Creia... Aproprie-se...E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (Jo. 10.10).


Pr. Domingos Mendes Alves